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A aposentada Maria Zélia Santiago conta que João Paulo II passou em frente à sua casa, onde familiares se reuniram para vê-lo Foto: Kleber A. Gonçalves
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O Brasil segue em ritmo forte na preparação para receber o papa Francisco, daqui a 15 dias, na Jornada Mundial da Juventude, na cidade do Rio de Janeiro. Contudo, essa não é a primeira vez que um papa visita o País. A data de hoje significa algo especial para muitos cearenses, quando se completam exatos 33 anos da vinda do papa João Paulo II - que em breve será canonizado pela Igreja - ao Estado.
Diversas são as histórias de quem viu, com muita emoção, a passagem de Karol Wojtyla por Fortaleza. A aposentada Maria Zélia Cochrane Santiago, 68, por exemplo, teve a oportunidade de vê-lo bem de perto. Moradora da Avenida Dedé Brasil, próximo ao local onde a cidade sediava o X Congresso Eucarístico Nacional, no estádio Castelão, ela presenciou o momento em que o pontífice passou em frente à sua casa. "Ele passou em carro aberto acenando para todo mundo. Minha família veio toda para vê-lo".
Como lembrança desse momento, a aposentada guarda uma foto dele da época até hoje na parede de casa. Segundo explica, embora já tenham passado outros representantes máximos da Igreja Católica, João Paulo II será sempre o mais especial. "Foi o único que eu vi em toda a minha vida. Além disso, ele foi o único que conseguiu reunir e conversar com todas as religiões. Ele era um papa muito querido e aceito", comentou.
O comerciário Idenildo Palácio, 65, além de fotos, guarda um calendário e chaveiros ganhados na época da visita. Para ele, uma das marcas que ficou na memória foi a humildade do pontífice com as pessoas. "Foi um fato muito emocionante. Nós ficamos na calçada da Avenida Aguanambi e deu para vê-lo dentro do ônibus, que passou vem devagar. Ele estava em pé nos degraus da frente e acenava para as pessoas. Foi inesquecível".
A dona de casa Maria Lúcia de Souza, 60, lembra com carinho o dia 9 de julho de 1980, quando ainda morava na comunidade de Poço Branco, zona rural do município de Morrinhos. Para não perder a passagem do Papa pelo Ceará, ela seguiu de bicicleta, grávida de oito meses, junto com o marido e o filho pequeno, até a cidade para acompanhar pela televisão o grande evento.
Como lembrança desse momento, a aposentada guarda uma foto dele da época até hoje na parede de casa. Segundo explica, embora já tenham passado outros representantes máximos da Igreja Católica, João Paulo II será sempre o mais especial. "Foi o único que eu vi em toda a minha vida. Além disso, ele foi o único que conseguiu reunir e conversar com todas as religiões. Ele era um papa muito querido e aceito", comentou.
O comerciário Idenildo Palácio, 65, além de fotos, guarda um calendário e chaveiros ganhados na época da visita. Para ele, uma das marcas que ficou na memória foi a humildade do pontífice com as pessoas. "Foi um fato muito emocionante. Nós ficamos na calçada da Avenida Aguanambi e deu para vê-lo dentro do ônibus, que passou vem devagar. Ele estava em pé nos degraus da frente e acenava para as pessoas. Foi inesquecível".
A dona de casa Maria Lúcia de Souza, 60, lembra com carinho o dia 9 de julho de 1980, quando ainda morava na comunidade de Poço Branco, zona rural do município de Morrinhos. Para não perder a passagem do Papa pelo Ceará, ela seguiu de bicicleta, grávida de oito meses, junto com o marido e o filho pequeno, até a cidade para acompanhar pela televisão o grande evento.
Realização
Apesar das dificuldades no trajeto, não pensou em desistir diante da importância do acontecimento. "Todos nos sentimos muito realizados, foi um momento de muita graça que eu guardo até hoje", afirma a dona de casa.
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A humildade do Papa ficou na memória do comerciário Idenildo Palácio, que viu o pontífice passar dentro de um veículo na Avenida Aguanambi
A relação do arquiteto e urbanista Marrocos Aragão com o evento foi ainda mais forte, já que ele foi o responsável por criar toda a cenografia para as celebrações de João Paulo II no Castelão. "Fui convidado por Dom Aloísio Lorscheider pela minha formação religiosa na Igreja", revela. O trabalho de sete meses, explica, resultou na criação de um palco giratório, o mobiliário, a cruz, ao altar externo, e até o papa móvel. "Foi muito emocionante para mim. É motivo de muito orgulho", ressalta. O fundador da comunidade católica Shalom, Moyses Azevedo, na época com 20 anos, teve um encontro especial com João Paulo II. Participando de um grupo de jovens da Arquidiocese de Fortaleza, recebeu de Dom Aloísio Lorscheider a missão de entregar um presente ao Papa em nome de todos os jovens. Conforme diz, entrou em reflexão e optou por entregar sua vida e juventude, em forma de carta, para evangelizar outros jovens, especialmente os que estavam afastados da religião. "Os olhos dele me olhavam como se eu pudesse experimentar o olhar de Cristo, da Igreja, que me acolhiam e me abençoavam. Dali foi que brotou a inspiração para a fundação da comunidade católica Shalom", destaca. FIQUE POR DENTRO Incentivo à cultura na JMJ Rio 2013 A Jornada Mundial da Juventude espera atrair mais de 2 milhões de pessoas à cidade do Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho. Entre os milhares de católicos, cerca de 4,5 mil cearenses participarão do encontro, e o número não para de crescer. Ao todo, 2 mil deles pertencem a comunidade católica Shalom no Estado. Com o objetivo de incentivar e movimentar a cultura, uma média de 300 atividades serão realizadas na cidade sede do evento. A comunidade Shalom levará, ao todo, 19 atrações, com a colaboração de 200 voluntários, entre produtores e artistas. Um dos espetáculos, o musical intitulado "Filho de Deus Menino Meu", contará a história de Jesus Cristo desde o nascimento até os seus 12 anos de idade, em uma apresentação de cunho regional. Participam da encenação 30 voluntários, e o público terá a oportunidade de conferir o musical no circo do ator Marcos Frota. Serão duas apresentações. RENATO BEZERRA REPÓRTER |
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